IV. PROJETO ESTRUTURAL

Na parte de estrutura do nosso prédio, consideramos uma estrutura pré-moldada de concreto para lajes, vigas e pilares. Bem como a NBR 6118/2014 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento.

Antes de tudo, classificamos a nossa estrutura conforme a classe de agressividade apresentada pela norma, ficando da seguinte maneira:

  • Classe de agressividade ambiental: II (Moderada – Urbana) – tabela 1;
  • Classe de agressividade e qualidade do concreto: Mínimo da classe do concreto C25;
  • Relação água/cimento ≤ 0,60 – tabela 1;
  • Classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal – tabela 2
    • Laje: Mínimo 25 mm
    • Viga/Pilar e Elementos estruturais em contato com o solo: Mínimo 30 mm. Classificamos, também, a nossa estrutura conforme orientação da NBR 6123/2013 –

Forças devidas ao vento em edificações, obtendo parâmetros abaixo:

  • Velocidade básica: 45 m/s;
  • Tipo de superfície do terreno (rugosidade): Classe IV;
  • Dimensões: Classe B;
  • Fator probabilístico: Grupo 2: (1,00).

Após as classificações citadas, houve-se a necessidade de considerar, segundo NBR 6120/1980 – Cargas para o cálculo de estruturas de edificações, as cargas especificas da edificação, que ficaram da seguinte forma:

  • Tijolo Furado: 13 kN/m³;
  • Gesso: 12,5 kN/m³;
  • Concreto armado: 25 kN/m³;
  • Escada e corredor com acesso: 3 kN/m²;
  • Reservatórios: 23,67 kN/m²;
  • Dormitórios, sala, copa, cozinha e banheiro: 1,5 kN/m²;
  • Lavanderia: 2 kN/m².

Usamos concreto de classe C30 nas partes de supraestrutura (lajes, vigas e pilares) e C30 e C40 nas partes de infraestruturas (fundação) e aços de classe CA50 e CA60, de acordo com a necessidade de cada parte estrutural.

Para efeito de exemplificar, vamos expor no relatório apenas algumas partes gerais e informações da estrutura, como as vigas, que ficaram com seções de 15cm x 60cm e 15cm x 65cm; o maior pilar foi um de 19cm x 70cm – pois ele obtinham maiores cargas na sua área de influencia. Já o menor pilar obteve seção de 17cm x 60cm; e a laje escolhida e calculada foi a treliçada com lajotas de E.P.S. (isopor), com uma treliça de h12, cobrimento de 4cm.

Figura 8 – Planta de fõrma do térreo para exemplificar

Na parte de fundação, optamos pela estaca hélice contínua, por conta da sua facilidade de uso, mesmo sendo de um valor mais caro.

Tivemos um solo predominantemente de areia, com alguma parte de argila, conforme apresentado abaixo.

Figura 9 – Sondagem apresentada para o terreno proposto

A partir de então, calculamos quais diâmetros e profundidades das estacas para cada pilar, através do método de Decourt-Quaresma e Aoki-Velloso, adotando o menor valor dentre os dois para cada estaca.

Figura 10 – Cálculo para resistência de estacas

Considerando tudo isso, tivemos estacas com diâmetros variando entre 32, 35 e 40 centímetros, com fck de 30 ou 40 MPa, mas todas elas parando numa profundidade de 8 metros.

Ao final, obtivemos a nossa planta de locação dos pilares e da fundação com as estacas para cada bloco.

Figura 11 – Planta de fundação

Todas as informações, detalhes de elementos estruturais, pranchas para conferência, memórias de cálculo de lajes, vigas e pilares, informações sobre infraestrutura, relatórios e premissas de cálculo, considerações de sobrecargas e pesos, encontram-se detalhadamente no anexo C – Estrutural, que acompanha esse arquivo de relatório para melhor visualização.